Quando o reptiliano é quem manda

Publicado dia 16 de Janeiro de 2024.

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Estudo muito sobre neuromarketing. Nesse campo da neurociência, o comportamento e reações humanas são analisados em função da comunicação. E foi através desse campo da ciência que surgiram metodologias como gatilhos mentais, copywriting e storytelling. 

A ciência mostra exatamente as reações neurológicas e qual resultado teremos com elas. Com isso, conseguimos construir mensagens mais efetivas e de sucesso, porque sabemos o resultado que iremos entregar.

Alguns podem pensar que é uma ciência “maquiavélica” tentando manipular o mundo. Mas, até mesmo Maquiavel não teve essa intenção. A busca é ser efetivo e assertivo nas ações. Só depende da variável HUMANO para definir a forma e objetivos que se deseja atingir. Se pararmos para pensar, tudo é assim.

Hoje, investe-se mais tempo e dinheiro desenvolvendo defesas cibernéticas do que na jornada da evolução tecnológica. Sempre alguém quer tirar vantagem das coisas. Isso é natural do ser humano.

Mas falando em ser humano e voltando ao tema, uma das primeiras coisas que aprendemos em neuromarketing é a estrutura do cérebro e como cada parte funciona e reage. De forma simplista, podemos dividir o funcionamento em três estruturas:

  • Reptiliana: na qual a reação às investidas é rápida e não pensada. Podemos resumir que dela sempre teremos a decisão pautada em duas ações: LUTA ou FUGA.
  • Límbica: local onde as emoções e variáveis subjetivas são levadas em consideração. É a parte do cérebro que nos estimula a parar, respirar e analisar se “dá para domar o leão”.
  • Pré-frontal: razão total. Fará cálculos de velocidade para a fuga e se subir na árvore é a melhor escolha.

Apesar de parecer de fácil entendimento, o funcionamento é bem complexo, rápido e, geralmente, nem percebemos o fluxo dos estímulos passando pelos três estágios. 

Recentemente vivi uma situação que me estimulou a escrever este texto. Numa das minhas noites de “pai canguru”, estava com a Anna Clara dormindo no meu colo e totalmente distraído com um programa na TV. De repente o ambiente foi invadido por um choro de criança. Mesmo com a Anna no colo, levantei de forma súbita pensando que era ela que estava chorando e, na realidade, era o filho do vizinho. No primeiro momento, pensei que estava ficando doido, mas logo depois lembrei do conceito e me acalmei. Quando se trata de filhos, o cérebro reptiliano prevalece, ou seja, em fração de segundos reagimos e partimos para a LUTA.

Agora pergunto: já parou para prestar atenção em quantas coisas fazemos respondendo ao primeiro impulso? Quantas poderiam ter um desfecho diferente se a gente pudesse tomar um copo d’água antes de agir?

Uma dica: toda a jornada de um estímulo acontece em segundos. Se quer ser mais assertivo e mitigar falhas ou mal-entendidos, respire e tome um copo d’água antes de falar ou, como dizia minha avó: “pare, pense e responda”.

Espero que tenha sido uma boa leitura. 

E falando em neuromarketing… Aqui está uma matéria superinteressante para quem quer ir mais a fundo no assunto: https://resultadosdigitais.com.br/agencias/o-que-e-neuromarketing/

Obrigado pela leitura.

Evandro Lopes

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