Só os loucos sabem?

Publicado dia 31 de Janeiro de 2024.

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Será mesmo que, como cantava Chorão, “só os loucos sabem”? 

Uma vez, uma amiga me disse: “Cara, o que mais amo em você é que tem um parafuso a menos! Não mede esforços e não liga para os julgamentos durante a busca pelo o que acredita”.

No primeiro momento, esta frase me deixou pensativo, porque nunca julguei que isso seria o padrão de um maluco. Aprendi em casa com meus pais que não existe conquista sem esforço. Não existe realização sem objetivos. 

Encarei como um elogio e toquei a vida. Com o desenvolvimento dos anos e dos estudos, acabei encontrando na neurociência a resposta para a afirmação de minha amiga e, realmente, me dei conta de que tenho um parafuso a menos: o da PARALISAÇÃO.

Como assim? Eu explico: a grande maioria das pessoas congela com os julgamentos e medos. Eu, apesar de sentir o peso das duas coisas, me nutro e continuo.

Acredito que a derrota é combustível e uma nova lição para chegar ao sucesso, enquanto o medo é um nutriente da prudência durante a jornada, e os julgamentos, por sua vez, são  a bússola que indica que estou chegando onde ninguém chegou.

Nosso cérebro é nossa maior propriedade e o que também detém o poder de nos conduzir para um mundo atrofiado de sobrevivência. Somos reptilianos e tudo se inicia com LUTA E FUGA. 

O meu parafuso a menos caiu do sistema de FUGA. Nunca fujo da luta pelo meu propósito.

E quando analisamos a história, vemos que a transformação veio também de pessoas que perderam esse parafuso, mas seguiram perseguindo seus sonhos e objetivos. 

Para entender, é preciso refletir sobre as revoluções e analisar o perfil de quem está por trás dessas coisas. Vamos pensar sobre algumas invenções – relativamente – mais recentes:

  • A INTERNET – “Que doente iria pensar em conectar o mundo por ondas invisíveis?!”
  • AS REDES SOCIAIS –  “Nossa, que besta essa história de querer agilizar as trocas entre as pessoas do Campus. Bora para as repúblicas trocar ideia e tomar cerveja!”
  • MAIOR EMPRESA DE TRANSPORTE SEM CARRO – “Como assim, usar o carro dos outros para construir a maior empresa de transportes do planeta?”
  • CARRO ELÉTRICO E VOADOR – “Esse maluco assistiu muito ‘Os Jetsons’ quando era criança!”

Os comentários na frente de cada invenção representam pensamentos de 99% das pessoas. Elas não sairiam desses discursos. 

Mas foi caminhando na direção contrária dessa gente, que esses inventores alcançaram o sucesso. Fecharam os olhos para o mundo e perseguiram suas ideias, objetivos e propósitos.

O mais intrigante de tudo isso é ver a mediocridade humana tentando justificar a genialidade através de distúrbios mentais. Ou seja, uma “pessoa normal” não pode fazer a diferença no mundo? O cérebro genial é o “cérebro doente”?

Termino este texto com a questão que sempre leva para a cama. Afinal, quem é o DOENTE? QUEM SEGUE OU DETERMINA O CAMINHO?

Gostou da leitura? Então, confira essa matéria sobre a linha tênue entre a “loucura” e a genialidade: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/10/linha-entre-loucura-e-genialidade-e-mais-tenue-do-que-se-imaginava.html

Obrigado pela leitura!

Evandro Lopes

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